quarta-feira, julho 07, 2010

[instalação nº3] O olho de vidro e a monotonia de uma sociedade abstracta crónica.


Autor: Jorge Mestre Simão
Data: 26 Junho 2010
Materiais: Spray sobre madeira, televisões, paletes.

Sociedade que sofre de uma monotonia crónica, depressa se responde ao olho de vidro em vez de um toque similar. Tornando-se abstractos, cada vez mais quadrados, fotocopiados à imagem do olho de vidro. Cidades desertas de humanidade, ruas de padrões contínuos que se repetem diariamente. Vida. Comidas enlatadas, vidas enlatadas, pensamentos e sonhos enlatados. Vida? O olho de vidro ensina a viver uma vida que não se vive, que se observa através do vidro, esse falso e hipnotizante. Escravização ao olho, o de vidro. Os quadrados marcham em sentido, mas sem razão. O olho de vidro e a monotonia de uma sociedade crónica abstracta.


Instalação presente na exposição Andaime